A pele de
tilápia foi usada em uma cirurgia de redesignação sexual pela primeira vez na
Colômbia, na última sexta-feira (2). O procedimento, realizado em uma paciente
de 36 anos, teve duração de duas horas. A matéria prima utilizada na cirurgia
foi originária do Banco de Peles de Tilápia, instalado no Núcleo de Pesquisa e
Desenvolvimento de Medicamentos da Universidade Federal do Ceará (NPDM/UFC).
Os
pesquisadores cearenses Edmar Maciel Lima Júnior e Leonardo Bezerra, que
participaram do processo juntamente com o cirurgião plástico Álvaro Rodriguez,
consideraram a cirurgia “um sucesso”. A paciente deve ter alta médica até a
próxima quarta-feira (7).
Antes de
aprovar a realização da cirurgia, o grupo discutiu a padronização de técnicas e
estratégias que devem nortear as cirurgias de redesignação sexual com a pele de
tilápia em todo mundo. Aspectos éticos e legais, em âmbito internacional,
também foram discutidos. O Conselho de Ética Médica colombiano aprovou o
procedimento cirúrgico.
No Brasil,
a pele de tilápia foi usada para uma reconstrução vaginal após procedimento de
redesignação sexual que deixou sequelas em uma paciente trans de Campinas (SP).
A matéria-prima também é usada em pacientes com síndrome de Rokitansky e câncer
de vagina.
O uso da
pele de tilápia se difundiu com o sucesso da membrana na recuperação de vítimas
de queimaduras, a partir de pesquisa realizada no Ceará desde 2014.
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